O Desenvolvimento Sustentável consiste num modelo de desenvolvimento que satisfaz as Necessidades presentes.Todavia sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as suas próprias necessidades.
O Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 entrou em vigor a 1 de janeiro de 2016. Integra 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável desdobrados em 169 metas. Foi estabelecida por todos os países membros das Nações Unidas como um plano de desenvolvimento sustentável, que está em convergência entre todos os objetivos, e que juntos tem como premissa reduzir os impactos sociais, ambientais e econômicos, além de fortalecer as parcerias em um ambiente de cooperação. Mas como conseguimos mudar esta realidade que há tanto tempo perdura.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, acredita que dificilmente a mudança de comportamentos em prol da sustentabilidade ambiental acontece com proibições. Desse modo assume-se que a punição não entra na equação, o que dá espaço a novas formas e adoções de estratégias como o reforço positivo. O objetivo do Governo é chegar a acordos voluntários com determinados grupos de empresas. Não prejudicar as empresas portuguesas face às concorrentes europeias, é uma preocupação.
O plano de Estado para esta realidade
Sob o mesmo ponto de vista, o secretário de Estado do Ambiente Carlos Martins apoia a ideia de uma fiscalidade. Uma que premeie bons comportamentos ao inverso de uma penalizadora. A ideia seria continuar a promover a substituição de materiais e o Eco design. O secretário de Estado do Ambiente, semelhantemente acredita que a inovação é uma oportunidade. Afirma que uma política consistente nesta área levará as universidades, os politécnicos, os centros tecnológicos a serem mais inovadores e mais criativos ao nível dos materiais alternativos. Perspetiva-se uma vida mais longa, por exemplo, para uma garrafa de plástico que venha ser uma camisola.
A importância do comportamento individual e a troca de informação
Um dos focos principais assentes da Economia Circular incide sobretudo no estímulo à pesquisa, troca de ideias e projetos. Isto tanto pode ocorrer por base de agentes cientifico-académicos públicos ou privados, empresas, como meros indivíduos. A promoção do diálogo e sobretudo o envolvimento. Todos os esforços governamentais, corporativos e institucionais ganham ainda mais força uma vez que houver uma sensibilização comunitária e individual em pequenas práticas no quotidiano.
Seis diferenças no quotidiano que causam impacto e diferença:
- Evitar os sacos de plásticos. Igualmente levar os seus próprios sacos reutilizáveis para a loja. Mais de mil milhões de sacos plásticos são usados em todo o mundo todos os anos.
- Evitar palhinhas. A menos que tenha necessidades médicas, e mesmo assim poderia usar as de papel.
- Deixar as garrafas de plástico. Investir numa garrafa de água recarregável.
- Evitar embalagens de plástico. Do mesmo modo optar por sabonetes em barra em vez de líquido. Comprar em grandes quantidades. Evitar produtos revestidos de plástico.
- Reciclar o que for possível.
- Não deitar lixo ao chão
Em nota de reflexão:
Um estudo do Ocean Conservancy que efetua a limpeza de praias há cerca de 30 anos.
Dos 10 principais tipos de lixo que é encontrado, o único item que não é de plástico são as garrafas de vidro.
Em todo o mundo, 73% do lixo da praia surpreendentemente é plástico: pontas de cigarro (os filtros), garrafas e tampas, embalagens de comida, sacos de supermercado. Em 2016, a entidade responsável pela recolha de lixo, recolheu 9.200 toneladas de lixo em 112 países – cerca de um milésimo do que entra no oceano a cada ano.
Por certo existe um longo caminho a percorrer e os esforços já se iniciaram. No que toca à transição para uma economia circular em Portugal, são cada vez mais os exemplos positivos ao longo da cadeia de valor nacional. Encontramo-nos numa situação em que a mudança dos comportamentos em prol da sustentabilidade são chave nesta evolução.