O Green My Way é um projeto que tem como principal preocupação potenciar a economia circular, incentivando uma rede de cooperação entre diversas entidades. Tendo isto em atenção, o Green My Way possibilitou uma sessão de informação sobre um outro projeto LIFE – WineGrover – Precision Agriculture System to limit the impact on the environment, on health and on air quality of grape production.
O projeto WineGrover começa por salientar que a UE é a maior produtora e exportadora de vinho do mundo. No entanto, a vinicultura tem alguns impactos negativos no meio ambiente, devido ao uso de pesticídas e fertilizantes, mas também consequência do consumo energético dispendido na administração de agro-químicos e irrigação (administração esta que é habitualmente feita por tratores agrícolas movidos a combustível fóssil).
Ora, como os consumidores e aprecidores de vinho estão cada vez mais informados e sensibilizados com as questões ambientais, vão encorajando a prática de estratégicas agrícolas alternativas. Ou seja, o mundo vinicola está a atravessar uma fase de mudança. Mudança esta que receberá técnicas como as de (AP). O objetivo é ganhar eficiência, produtividade, e qualidade de produto.
O objetivo principal do projeto é reduzir os impactos negativos que a vinicultura tem no nosso planeta, introduzindo as acima referidas técnicas de AP. Estas técnicas serão aplicadas em duas vinhas: uma em Itália e e outra Espanha. O objetivo é demonstrar aos produtores europeus de uvas que uma solução de AP pode ser economicamente viável em condições reais nas suas vinhas. As tecnologias disponíveis abrangem rovers guiados eletronicamente (para substituir os veículos agrícolas movidos a combustíveis fósseis), irrigação por gotejamento, estações meteorológicas, sensores remotos por satélite e aéreo, Sistemas de Informação Geográfica (SIG), levantamentos topográficos e de solo, e redes de sensores sem fio distribuídos que registam o microclima (temperatura e humidade) nas vinhas. A AP será ainda apoiada por um Sistema de Apoio à Decisão (SAD) que permitirá que os próprios produtores de uvas possam dar os seus inputs quando e onde necessários, respeitando as condições das vinhas.
